quinta-feira, 19 de maio de 2011


CPI TERESÓPOLIS OUVE CARLOS EDUARDO
Ex-secretário fala da contratação do advogado André Koslowski e  da tentativa de fraude no Diário Oficial do estado
A CPI da Câmara de Vereadores de Teresópolis ouviu o ex-Secretário de Administração e também de Controle Interno, o contador Carlos Eduardo, o primeiro ouvido a se valer da presença de um advogado durante a oitiva. Ele, que é de Niterói, já trabalhou nas Prefeituras de Magé, Duque de Caxias e São Gonçalo e iniciou seus trabalhos em Teresópolis ainda na fase de transição do governo, através de uma indicação do deputado André Corrêa, passando à Secretaria de Controle Interno e depois para a Secretaria de Administração, onde ficou até novembro de 2009. 
 A respeito da contratação do advogado André Koslowski, Carlos Eduardo disse que apenas comunicou a procuradoria a respeito da eminência do seqüestro de cerca de 7.3 milhões de reais dos cofres públicos, referentes ao pagamento de precatórios não realizados pelo governo anterior e que se limitou a pedir providências para evitar o seqüestro dessa verba, e que a decisão da contratação do referido  advogado partiu do procurador, Antônio Geraldo que julgou ser necessária a contratação, pelo valor de 500 mil reais, para que esse impedisse o seqüestro imediato dos precatórios.
 O Dr. Antônio Geraldo, em seu depoimento à CPI, apresentou documentos que atestaram que partiu da então sub-Procuradora, Ana Cristina, a recomendação para a referida contratação, porém reforçou a tese da necessidade para que a mesma ocorresse pois do contrário, com o seqüestro desses valores, a folha de pagamento da Prefeitura poderia ficar inviabilizada. A respeito da tentativa de fraude do Diário Oficial do Estado, referente a aquisição de remédios e uniformes escolares num valor de cerca de 5 milhões de reais, Carlos Eduardo disse que tomou conhecimento da situação, um mês após assumir a Secretaria de Administração, em junho de 2009, através de um documento extra-processo impresso e que, diante disso, afastou os funcionários Igor, chefe do departamento, e o Cesar, presidente da comissão de licitação, responsáveis diretos pelo assunto.
 O ex-Secretário ainda afirmou que um desses funcionários é genro do ex-procurador. Apesar da constatação e afastamento dos servidores, nenhuma comunicação oficial foi feita a procuradoria para a abertura de um inquérito administrativo no sentido de que providências fossem tomadas de acordo com a lei. Carlos Eduardo disse que esperava da procuradoria uma ação a respeito do assunto, porém essa não ocorreu. A respeito das reuniões de secretários realizadas em sua residência, Carlos Eduardo informou que as mesmas tinham o intuito de confraternização entre os mesmos e que os assuntos relativos ao governo não eram o foco das mesmas que visavam apenas a descontração e interação entre os convidados. Nos vídeos abaixo, os momentos mais importantes da oitiva:
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